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Homem e mulher mortos em acidente com carreta na BR-163 eram caminhoneiros
MÍDIA MAX
Alex Santana, de 33 anos, e Patrícia Brito Valensuela, de 34 anos, que morreram em um acidente na manhã deste sábado (24), na BR-163, em Campo Grande, eram caminhoneiros. O casal estava em um veículo Honda City e bateu em uma carreta bitrem de 9 eixos, que saia de um posto de combustível às margens da rodovia.
O acidente aconteceu por volta das 5h30 deste sábado. O motorista da carreta fazia o contorno para entrar na rodovia, sentido São Paulo, quando foi atingido pelo Honda City que seguia em direção a Campo Grande.
Conforme informações da Polícia Civil, o veículo Honda City era conduzido por Alex. Patrícia seguia no banco do passageiro. As vítimas não resistiram ao impacto da colisão e morreram no local.
Nas redes sociais, amigos e familiares disseram que Alex e Patrícia eram caminhoneiros e moravam em Campo Grande. A mulher deixa três filhos. Após o acidente, diversas homenagens foram publicadas.
“Por que com vocês? Vou sempre te amar, meu amor, parte de mim, meu 1/3. A gente dividiu até a barriga, mas agora não vamos mais dividir as nossas vidas. Dirige aí no céu com o pai, ele tá te esperando. Meu amor”, publicou uma das irmãs trigêmea de Alex.
Um dos amigos, que afirmou que o casal era caminhoneiro, disse que esteve com Alex e Patrícia nessa sexta-feira (23). “O casal era motorista de caminhão também, ontem tomamos café juntos”, afirmou.
Além das homenagens, um amigo das vítimas sugeriu um protesto na rodovia. “Vamos interditar a BR-163 no trecho rodoanel. Cobrar duplicação do trecho. Chega de perdemos entes queridos e familiares em acidentes”, diz parte da publicação.
Caminhoneiro é preso por omissão de socorro
O caminhoneiro, de 67 anos, que dirigia a carreta bitrem de 9 eixos foi preso por omissão de socorro. Após perceber que a carreta britem de nove eixos foi atingida pelo veículo Honda City, onde estavam as vítimas, ele deixou o local.
O motorista da carreta foi conduzido pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) para a Depac Cepol (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada) onde permanece preso.
“O caminhoneiro disse que deixou o local para se recompor e depois retornou, no entanto, ao ver que a concessionária responsável pela administração da rodovia fazia o atendimento, voltou para a carreta, mas ele tinha por obrigação permanecer no local e acionar o socorro”, pontua o delegado Felipe Paiva, que atendeu a ocorrência.
A defesa do caminhoneiro, o advogado Alício Garcez Chaves, afirma que o motorista ficou abalado e, por isso, seguiu com a carreta por alguns metros, onde parou para entrar em contato com a empresa, na qual trabalha.
“Ele ficou em choque e seguiu por alguns metros para ligar na empresa e informar sobre o acidente. Logo depois ele voltou, mas por ter deixado o local, o delegado entendeu que houve omissão de socorro e o prendeu. Como nesse caso a pena para homicídio culposo na direção de veículo automotor é aumentada, o delegado não pode arbitrar fiança”, explica.
O motorista, que a princípio foi conduzido pela PRF para a Depac Cepol para prestar esclarecimentos, foi preso. Ele permanece detido e aguarda a audiência de custódia.
Segundo acidente no mesmo local
Com o impacto da colisão, o Honda City, com placas de Campo Grande, ficou destruído. O motor do carro chegou a ser lançado no meio da pista.
De acordo com o boletim de ocorrência, após o acidente entre a carreta e o Honda City, um terceiro veículo que seguia pela rodovia bateu no motor do carro que estava na pista.
À polícia o motorista disse que viu apenas um vulto e não conseguiu desviar. Os danos foram materiais, sem outras vítimas.