Caravina defende diálogo entre servidores da Polícia Civil e Governo do Estado

Na tribuna, o deputado Caravina disse ser contra o indicativo de greve e pediu que o sindicato continue na mesa de negociação

REDAÇÃO


foto divulgação

Na sessão ordinária desta terça-feira (27), o deputado estadual Caravina (PSDB) fez uso da tribuna da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS) para defender o diálogo nas negociações salariais da Polícia Civil e afirmou ser contra o indicativo de greve pela categoria.

O Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol) aprovou, na semana passada, a realização da operação “Cumpra-se a Lei”, como indicativo de greve. A decisão é em decorrência das pautas salariais que não avançaram por parte do Governo do Estado.

“Sou policial desde 1990 e sei do papel importante de cada profissional para segurança pública. É justa a reivindicação do sexto salário, mas em razão de fluxo de caixa, o Estado não poderá atender neste momento. O governo sinalizou pela incorporação dos R$ 400 da etapa alimentação, que resultará no reajuste real, que varia de 1,39% até 5,37%. E para os aposentados um aumento real de 8,43%”, disse.

Caravina fez um breve relato sobre sua atuação em defesa dos investigadores, agentes, peritos e papiloscopistas. Ele defendeu a importância do diálogo para o avanço nas negociações. “Sou comprometido com a categoria, mas sem negociação e diálogo não chegaremos em lugar nenhum. O governo está à disposição e deixou as portas abertas. Sou contra o indicativo de greve, pois irá prejudicar a população. Peço que o sindicato reveja a decisão e continue na mesa de negociação”, destacou o parlamentar.

Sinpol
Os policiais civis cobram reajuste de 18%, que seria o necessário para cumprir promessa de elevar a remuneração inicial para a sexta maior do País. Segundo o presidente do Sinpol, Alexandre Barbosa, seria uma promessa feita em 2016, que elevaria o salário inicial, hoje em R$ 5.700,00.

Barbosa informou que a operação prevê, por exemplo, que agentes não fiquem mais de sobreaviso ou extrapolem o horário da jornada ou só compareçam em locais de delito com a presença de um delegado, como forma de pressionar o Governo. O sindicato fez uma cartilha com as ações que eles incluíram no protesto.

O presidente do Sinpol explicou que a incorporação dos R$ 400 como única medida foi reprovada pelos policiais civis em assembleia. Ele argumenta que os integrantes da corporação seguem dispostos a dialogar com o governo, até enviaram ofício nesse sentido, mas cobram a apresentação de uma projeção de aplicação de percentuais ao longo do tempo para chegar ao reajuste esperado.



PUBLICIDADE
PUBLICIDADE