Política
MP e Gaeco deflagram 'Operação Fake Fire'em Nova Andradina
Alvo das buscas foi dono de página no Instagram
JORNAL DA NOVA
O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), por meio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e da Promotoria Eleitoral de Nova Andradina cumpriu, mandados de busca e apreensão e de medidas cautelares em deflagração da “Operação Fake Fire”, que visa apurar a disseminação de desinformação e fake news durante a campanha eleitoral, além de outros crimes correlatos.
O objetivo inicial da operação, que teve início na manhã desta quarta-feira (2), é o cumprimento de mandados de busca e apreensão em residências vinculadas ao responsável pela página do Instagram “Nova Fogo”, conhecido popularmente como “Pagodinho”, que conta com aproximadamente 107 mil seguidores e realizou a divulgação de desinformação durante o processo eleitoral, além de outras condutas que possuem capacidade de macular a lisura das Eleições de 2024.
As buscas foram efetivadas em dois locais em Nova Andradina e resultaram na apreensão de R$ 5.409,00 em espécie, aparelho celular e dispositivos de armazenamento.
Além disso, a “Operação Fake Fire” conduziu o cumprimento de mandado de monitoramento eletrônico expedido pela Justiça Eleitoral em desfavor de “Pagodinho”, para instalação de tornozeleira eletrônica, além da aplicação de outras medidas cautelares consideradas necessárias, como a proibição de se ausentar da comarca sem autorização judicial, a obrigação de recolhimento noturno, das 19h às 7h, em dias úteis, e em tempo integral em feriados, fins de semana e dias de folga, e a proibição de utilizar qualquer meio para divulgar informações relacionadas à campanha eleitoral em curso, direta ou indiretamente, por si ou por terceiros.
A justiça ainda advertiu expressamente o investigado de que o descumprimento de qualquer medida cautelar fixada poderá ensejar a decretação de prisão preventiva, entre outras medidas.
Os mandados judiciais foram expedidos pela Juíza Eleitoral da 5ª Zona Eleitoral de Nova Andradina e a investigação conduzida pelo Promotor Eleitoral e pelo Gaeco.
Em contato com advogados do “Pagodinho”, eles disseram que vão recorrer da decisão.