Reunião de associados define destino de Cezário na federação e futebol do Estado

MIDIAMAX


foto divulgação

Associados da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul) participaram nesta segunda-feira (14), do julgamento administrativo do presidente afastado, Francisco Cezário de Oliveira. O ex-mandatário foi preso durante a operação “Cartão Vermelho”, no dia 21 de maio. Atualmente, ele está em liberdade provisória e faz uso de tornozeleira eletrônica até o julgamento.

A assembleia foi convocada pelo presidente interino Estevão Petrallas. Os associados devem avaliar atos do gestor, e, caso sejam constatados prejuízos à instituição, caberá a eles deliberar sobre as consequências e penalidades previstas no estatuto.

“Fomos chamados para essa assembleia geral para tratar do assunto referente as medidas cautelares ao presidente Cezário.

Vamos ver a pauta, a justificativa pra analisarmos fazer uma votação bem coesa, sincera para que o futebol sul-mato-grossense possar realmente parar de sair nas páginas dos jornais e voltar ao campo e seguir no trilho certo”, declara o presidente do comercial Cláudio Barbosa.

O presidente do Costa Rica, André Bair comenta a importância da assembleia para o futebol sul-mato-grossense.

 

“Hoje vai começar uma situação onde pode haver um novo horizonte, um novo começo para o futebol. Vamos ouvir bastante, vai ser explicado, vai ser dito. Depois de toda uma conversa, toda uma elaboração pra entrar no consenso onde a democracia deve imperar. O que a maioria definir dentro do processo deve ser acatado. A gente vai avaliar e vamos definir a parte administrativa, porque a parte penal é com a lei”, observa.

Para os associados, além do julgamento administrativo, a assembleia marca um recomeço para o futebol no Estado. “Hoje é um marco para o futebol de Mato Grosso do Sul, que pede essa renovação. É uma oportunidade de colocar um fim no que vem do passado e começar uma nova história.

Eu acredito em mudanças. O momento é ímpar. Temos que ter a sabedoria de fazer nosso voto consciente. Eu vou votar pelo afastamento do presidente. Acho que já deu o que tinha que dar”, pontua.

Operação Cartão Vermelho
A Operação “Cartão Vermelho” foi deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) no dia 21 de maio deste ano e indicou identificou desvios de R$ 10 milhões.

Segundo informações do Gaeco, o grupo liderado por Francisco Cezário realizava pequenos saques de até R$ 5 mil para não chamar atenção dos órgãos de controle.

De setembro de 2018 a fevereiro de 2023, foram identificados desvios que superaram os R$ 6 milhões.

Além de Cezário, outras 11 pessoas foram denunciadas pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) pelos mesmos crimes.

Cesário é acusado de integrar organização criminosa, peculato, furto qualificado, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

Na assembleia, serão avaliados os atos do gestor, e, caso sejam constatados prejuízos à instituição, caberá aos associados deliberar sobre as consequências e penalidades previstas no estatuto.



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