05 desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul são afastados em investigação que apura venda de sentenças

Magistrados vão ter de usar tornozeleira eletrônica e estão proibidos de entrar no tribunal. Procurador, advogados e empresários também são alvos de investigação


foto divulgação

05 desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul foram afastados nesta quinta-feira, dia 24, em razão de uma Investigação que apura Corrupção e Venda de Sentenças.

 

Entre os afastados, está o presidente do Tribunal de Justiça do MS, Sérgio Fernandes Martins.

 

Os afastamentos foram determinados pelo Superior Tribunal de Justiça, que também autorizou a Polícia Federal a cumprir, com apoio da Receita Federal, 44 mandados de busca e apreensão contra eles, outros servidores públicos, 09 advogados, além de empresários suspeitos de se beneficiarem do esquema.

 

Eles foram afastados das suas funções pelo Superior Tribunal de Justiça, pelo prazo inicial de 180 dias. Estão afastados Sérgio Fernandes Martins, presidente do Tribunal de Justiça de MS, Vladimir Abreu da Silva, Alexandre Aguiar Bastos, Sideni Soncini Pimentel e Marco José de Brito Rodrigues.

 

Também foram afastados o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de MS Osmar Domingues Jerônimo e seu sobrinho, também servidor do Tribunal de Justiça de MS, Danillo Moya Jerônimo.

 

Também são investigados 01 juiz de primeira instância, 02 desembargadores aposentados e um procurador de Justiça, as ordens são cumpridas em Campo Grande, Brasília, São Paulo e Cuiabá (MT).

 

Os 5 magistrados terão que usar tornozeleira eletrônica e estão proibidos de acessarem as dependências dos órgãos públicos e de se comunicarem com outras pessoas investigadas.

 

Segundo as investigações, entre os crimes cometidos pelo grupo inclui lavagem de dinheiro, extorsão, falsificação, organização criminosa.

 

A operação é fruto de três anos de investigação da Polícia Federal e foi batizada de "Ultima Ratio", um princípio do Direito segundo o qual a Justiça é o último recurso do Poder Público para parar a criminalidade.

 

O “G1” entrou em contato com a assessoria do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, mas até a última atualização desta reportagem não havia recebido retorno.



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