Para o mês de dezembro, a bandeira tarifária será verde, o que significa que não haverá cobrança adicional na conta de luz dos consumidores.

A decisão foi anunciada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que atribuiu a mudança à "expressiva melhora das condições de geração de energia" no Brasil.

Segundo a Aneel, o período chuvoso mais intenso nas últimas semanas favoreceu a geração de energia hidrelétrica, que tem um custo de geração inferior ao das termelétricas. “Com as chuvas, os níveis dos reservatórios se estabilizaram, diminuindo a necessidade de acionar as termelétricas, que costumam ser mais caras”, explicou a agência.

Em anos anteriores, a situação foi diferente. Em 2023, por exemplo, a falta de chuvas foi um desafio para o setor energético. Em setembro, a Aneel acionou a bandeira vermelha patamar 1, e em outubro, foi necessário o patamar 2, que implica em custos mais elevados para a geração de energia.

No mês de novembro, a bandeira foi amarela, com uma cobrança extra de R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos. 

O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 pela Aneel para refletir os custos variáveis da geração de energia elétrica no Brasil. O mecanismo é dividido em diferentes níveis de cores — verde, amarela e vermelha (nos patamares 1 e 2) —, que indicam o custo da energia com base nas condições de geração.

A bandeira vermelha representa o custo mais alto, enquanto a verde, que será aplicada em dezembro, não acarreta custos extras para o consumidor.

Esse sistema leva em consideração diversos fatores, como a disponibilidade de recursos hídricos e o avanço das fontes de energia renováveis.

Quando os reservatórios estão baixos, por exemplo, a geração de energia depende mais das termelétricas, que são mais caras e impactam diretamente no valor da conta de luz.

Com a bandeira verde em vigor durante todo o mês de dezembro, os consumidores poderão contar com alívio nas tarifas de energia, refletindo a recuperação das condições hidrológicas do país. - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS